Emoção e Ganho de Peso: Como o Aspecto Emocional Afeta a Obesidade
- Instituto Dr. Andrés Varona
- 7 de jun.
- 3 min de leitura

Você já se perguntou por que, em momentos de estresse ou tristeza, sente vontade de comer algo bem calórico? A resposta pode estar na relação direta entre emoção e ganho de peso.
O Dr. Andrés Varona, endocrinologista em Campinas, explica como o emocional influencia o comportamento alimentar, impacta a saúde hormonal e pode até desencadear quadros de compulsão alimentar. Entender essa conexão é essencial para um tratamento eficaz da obesidade.
O que é emoção e como ela afeta nosso corpo?
A emoção é uma resposta orgânica de curta duração a um estímulo externo — que pode ser positivo ou negativo. Mesmo passageira, essa resposta pode gerar alterações intensas no comportamento.
No consultório, vejo frequentemente pacientes que recorrem à comida como forma de aliviar emoções difíceis. Isso é chamado de comer emocional — e está diretamente ligado a transtornos alimentares.
Comer emocional e sistema de recompensa
Quando estamos sob efeito de emoções intensas, nosso cérebro busca alívio. Isso ativa o sistema de recompensa, responsável pela liberação de hormônios como a dopamina, que gera a sensação de prazer.
É por isso que, em períodos como a TPM, é comum um aumento no consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura. Eles promovem uma sensação de conforto momentâneo — mas contribuem com o ganho de peso e, muitas vezes, com sentimentos de culpa posteriormente.
Emoção, compulsão e obesidade: uma via de mão dupla
A relação entre emocional e obesidade é cíclica e multifatorial:
Emoções negativas podem levar ao consumo exagerado de alimentos ultraprocessados.
O excesso de peso pode gerar baixa autoestima e sintomas de depressão.
A depressão, por sua vez, reduz a disposição para se alimentar bem ou fazer exercícios.
Muitos pacientes com sobrepeso ou obesidade se sentem cobrados o tempo todo — social, estética e emocionalmente. Isso aciona mecanismos de fuga como a compulsão alimentar, criando um ciclo difícil de romper.
Casos clínicos: depressão, ansiedade e ovários policísticos
Doenças como depressão e ansiedade não só contribuem para o ganho de peso como também são agravadas por ele. A paciente que não se sente bem com seu corpo, muitas vezes, se isola ou entra em um ciclo de autossabotagem.
No caso da mulher com síndrome dos ovários policísticos (SOP), há uma tendência ao aumento da resistência à insulina, alterações hormonais, compulsão alimentar e ganho de peso, muitas vezes acompanhado por ansiedade.
Intestino e emoção: o papel do eixo intestino-cérebro
A ciência já comprova: existe uma forte conexão entre o cérebro e o intestino. Esse eixo intestino-cérebro é impactado pelo estado inflamatório da obesidade, que altera a flora intestinal (microbiota), gerando neuroinflamação.
Essa inflamação do sistema nervoso central pode causar ou agravar sintomas depressivos, aumentar a compulsão e dificultar ainda mais o controle do peso.
A obesidade precisa ser tratada de forma integral
O peso não é apenas um número na balança. É o reflexo de um conjunto de fatores fisiológicos, hormonais e emocionais.
Por isso, o tratamento da obesidade não pode ser apenas sobre dieta e exercício. É preciso cuidar da saúde mental, da qualidade do sono, do bem-estar intestinal e dos hormônios. Cada detalhe importa — inclusive as emoções que sentimos todos os dias.
Cuide da sua saúde física e emocional com acompanhamento completo
Se você sente que suas emoções estão afetando sua alimentação e seu peso, não está sozinho. E há como mudar esse ciclo com apoio especializado.
No Instituto, oferecemos um olhar humano e completo sobre o emagrecimento — com foco em tratamento da obesidade em Campinas que respeita corpo, mente e realidade individual.
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